O PREÇO DO IMÓVEL AUMENTARÁ

   Estamos vivendo um enorme boom imobiliário no país – possivelmente o maior de toda nossa história. Uma série de variáveis macroambientais culminaram no aquecimento do setor, sendo a principal delas a exaustivamente citada queda da taxa SELIC a 2,0% ao ano. Por causa da queda, os demais financiamentos bancários passaram a não ser mais tão lucrativos para os bancos como os financiamentos com taxa de juros a longo prazo, perfeitamente exemplificado pelo financiamento imobiliáirio. Por isso, cada vez mais e mais pessoas estão comprando imóveis. E realmente é melhor que façam isso agora, pois a tendência é que o preço do metro quadrado ficará somente cada vez mais caro daqui para frente.

       Adam Smith conceituou que quanto maior a demanda, maior o preço do produto caso a oferta não acompanhe o mesmo ritmo de crescimento. Saindo da premissa que imóveis não são levantados em um mês ou dois, não é difícil notar que a queda da taxa SELIC criou uma nova parcela social capaz de adquirir um imóvel mais abruptamente que as incorporadoras e construtoras puderam acompanhar. Afinal, um planejamento de meses antecede o lançamento de um novo empreendimento. Portanto, a lei da oferta e demanda exercerá seu efeito e impactará na precificação dos imóveis no mercado.

       Mas tal fenômeno não é responsável único pelo aumento dos preços dos imóveis. Adjunto a esse cenário, temos também a valorização do preço dos materiais de construção. A CBIC (Câmara Brasileiras da Indústria da Construção) levantou que o aço acumulou um aumento de 14,5% em setembro em relação a março deste ano. O cimento, por sua vez, aumentou em mais de 32%; o PVC, em 73,6%. As justificativas para essa valorização são múltiplas. Para começar, a crise sanitária decorrente da pandemia levou à paralisação das fábricas de materiais de construção, levando a um desfasamento na produção e desequilíbrio nos preços.  A alta do dólar também influencia no preço de commodities como o cobre, que muito importamos do Chile e outros países. 

       Algo que nós da região de Goiânia devemos ficar atentos é à possibilidade da Câmara Municipal incluir no Plano Diretor uma limitação para a edificação de prédios residenciais demasiadamente altos.  Prédios menores oferecem menos unidades para serem vendidas. As incorporadoras não terão escolha senão aumentar o preço do metro quadrado para equilibrar seus lucros. Podemos esperar uma valorização imobiliária especial aqui em nossa cidade.

      Em suma, quem está comprando imóvel hoje está se dando muito bem. Com o metro quadrado estável e o financiamento facilitado, nunca foi tão vantajoso comprar um imóvel em Goiânia. Entretanto, a vantagem real se mostrará daqui alguns meses quando todos estes fatores mencionados culminaram no aumento significativo do valor dos imóveis na região. Eles valerão muito mais do que o preço pelo qual foram comprados, cenário perfeito para quem pensa como investidor. 

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