AUMENTO NA CONTA DE ENERGIA PODE IMPACTAR MERCADO IMOBILIÁRIO

Recentemente a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) reajustou em 52% o valor da bandeira vermelha patamar 2 para as contas de luz. O resultado disso foi um aumento nas tarifas que foi de R$ 6,24 para R$ 9,49 para cada KWh (quiliwatt-hora) consumidos.

Esse aumento tem impacto nos bolsos dos brasileiros em geral, pois vindo de uma crise de pandemia esses reajustes devem ter um peso significativo na inflação e isso também pode afetar o mercado imobiliário.

Um dos principais motivos do setor imobiliário sofrer esses impactos é o fato desse ramo estar ligado diretamente à construção civil. Com os custos com energia mais altos, os preços das matérias primas devem subir, algumas máquinas demandam um alto consumo de eletricidade durante o processo de fabricação e esse custo deverá ser repassado às obras.

Uma das matérias-primas que mais demandam energia é o alumínio sendo uma das mais importantes para a construção civil, em média 50% do seu custo de produção é ligado ao consumo de eletricidade.

“O alumínio é um material que especificamente utiliza muita energia, mas vai ter impacto de forma geral em todos os processos fabris”, diz Carlos Borges, vice-presidente de tecnologia e sustentabilidade do Secovi-SP (sindicato da habitação).

Esse aumento impacta o setor da construção civil em um momento complicado, seguido de aumento dos preços dos insumos. Segundo o INCC (Índice Nacional da Construção Civil) chegou em média a 15,25% em acúmulo nos últimos 12 meses, outros materiais subiram além do esperado.

A Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) demonstra preocupação com o aumento nas tarifas de energia. “O tema é bastante sensível à indústria de materiais de construção, sobretudo para alguns setores, como o siderúrgico, cerâmico e de vidros”, afirmou.

A maioria dos materiais usados na construção civil são nacionais e com isso, são mais propícios a sofrerem esses aumentos do reajuste das tarifas de energia. Com isso, o setor da construção civil vem tentando importar algumas dessas matérias-primas na tentativa de reduzir alguns custos e impostos.

Outro ponto que tem preocupado tanto o setor da construção civil quanto o setor de imóveis, é o poder de compra dos clientes, que com esses aumentos na conta de energia pode sofrer impacto.

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