TAXA SELIC SOBE PARA 2,75: ENTENDA COMO ISSO PODE AFETAR O MERCADO IMOBILIÁRIO

Durante os dias 16 e 17 deste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reuniu e decidiu subir a taxa básica de juros Selic de 2% a 2,75%. Durante muito tempo a taxa esteve a 2% estimulando não só os investimentos imobiliários, como também outros setores.

O aumento já era de se esperar, pois desde de 2015 a taxa vinha se mantendo baixa e incentivando diversos setores. Um dos fatores do aumento dos juros foi a inflação de alimentos, combustíveis e dólar, junto a um cenário de tensão política, ritmo de vacinação lento e as dificuldades de conter os aumentos dos gastos públicos.

O aumento de casos de Covid-19 tem efeitos significativos na decisão do Copom em relação à taxa Selic, ainda sem uma previsão concreta que as coisas se normalizarem, as previsões são que os juros possam subir mais ainda.

O Copom toma as decisões de aumento das taxas com base no sistema de metas de inflação, com um olhar direcionado para o futuro, pois segundo o órgão responsável os efeitos levam em torno de seis a nove meses para ter impacto na economia.

As consequências desses fatores de acordo com os economistas são os aumentos das taxas bancárias mais elevadas. Os juros elevados também influenciam negativamente o consumo da população em geral e também os investimentos produtivos, impactando assim o emprego e a renda, além de ter influência no crescimento de despesas com juros de dívidas públicas.

O que se espera dos investimentos em imóveis com a subida da taxa Selic? Mesmo que a taxa tenha um crescimento significativo, os juros continuam baixos.  A previsão do Copom é que os juros possam chegar ao final do ano entre 4% e 6%, isso mostra que mesmo com o crescimento das taxas os juros ainda são relativamente baixos.

Uma vez que você contratar os juros a 2,75%, as taxas irão se manter até o final do contrato com a mesma porcentagem da contratação. É um direito seu do financiamento antigo ter as mesmas taxas atuais e, em um cenário mais positivo, se os juros reduzirem é possível fazer uma portabilidade para os juros menores.

Mesmo com as dificuldades enfrentadas no setor imobiliário, as novas taxas ainda são uma boa opção de investimento, pois os imóveis dificilmente se desvalorizam e em alguns casos durante a crise alguns empreendimentos têm se valorizado cada vez mais.

Saber investir na hora certa e na opção certa é um dos principais fatores para se obter grandes lucros, quem não aproveitou as taxas a 2% agora é o momento de aproveitar as novas taxas antes que elas subam novamente.

O ano de 2020 foi positivo para o setor de imóveis, o crescimento em construção civil e financiamento de imóveis foi nítido, o fator que mais impulsionou esse crescimento é a taxa Selic, quem aproveitou essa alta do setor pode fazer grandes negócios.

É válido lembrar que mesmo com a subida da taxa Selic em 2021, ela ainda se mantém baixa em comparação aos anos anteriores onde em alguns casos a taxa ultrapassava 14%. Para podermos falar em “normalidade” devemos analisar como será o cenário da vacinação contra a covid-19 e a recuperação de todos os setores.

Se o Brasil não conseguir segurar a dívida do estado, o cenário passa a ser pessimista, pois os investidores começam a tirar o dinheiro do país e com isso temos uma subida no dólar e um possível crescimento da Selic acima de 6%.

Por isso, hoje é um dos melhores momentos para se investir em imóveis, pois existem mecanismo que podem ajudar a reduzir as taxas de juros em alguns casos. Comparando com as previsões do Copom, se as taxas subirem para 4% ou 6% o mercado pode sofrer grandes impactos, então mesmo com o aumento das taxas, hoje podemos dizer que o melhor momento para se investir em imóveis é agora.

No Responses

Leave a Reply

Your email address will not be published.